Liturgia Diária

Santa Clara, virgem, Memória 19ª Semana do Tempo Comum

Leituras:
Ez 12,1-12
Sl 77(78),56-57.58-59.61-62
Mt 18,21-19,1

PRIMEIRA LEITURA

Prepara para ti uma bagagem de exilado,
em pleno dia, à vista deles.

Leitura da Profecia de Ezequiel 12,1-12

1
A palavra do Senhor

foi-me dirigida nestes termos:
2
“Filho do homem,
estás morando no meio de um povo rebelde.
Eles têm olhos para ver e não veem,
ouvidos para ouvir e não ouvem,
pois são um povo rebelde.
3
Quanto a ti, Filho do homem,
prepara para ti uma bagagem de exilado,
em pleno dia, à vista deles.
Emigrarás do lugar onde estás,
à vista deles, para outro lugar.
Talvez percebam que são um povo rebelde.
4
Deverás tirar a bagagem em pleno dia,
à vista deles,
como se fosse a bagagem de um exilado.
Mas deverás sair à tarde, à vista deles,
como quem vai para o exílio.
5
À vista deles deverás cavar para ti um buraco no muro,
pelo qual sairás;
6
deverás carregar a bagagem nas costas
e retirá-la no escuro.
Deverás cobrir a face para não ver o país,
pois eu fiz de ti um sinal para a casa de Israel”.
7
Eu fiz assim como me foi ordenado.
Tirei a bagagem durante o dia,
como se fosse a bagagem de exilado;
à tarde, abri com a mão um buraco no muro.
Saí ao escuro,
carregando a bagagem às costas, diante deles.
8
De manhã, a palavra do Senhor
foi-me dirigida nestes termos:
9
“Filho do homem,
não te perguntaram os da casa de Israel,
essa gente rebelde,
o que estavas fazendo?
10
Dize-lhes:
Assim fala o Senhor Deus:
Este oráculo refere-se ao príncipe de Jerusalém
e a toda a casa de Israel que está na cidade.
11
Dize:
Eu sou um sinal para vós.
Assim como eu fiz, assim será feito com eles:
irão cativos para o exílio.
12
O príncipe que está no meio deles
levará a bagagem às costas e sairá ao escuro.
Farão no muro um buraco para sair por ele.
O príncipe cobrirá o rosto
para não ver com seus olhos o país”.
Palavra do Senhor.

Salmo responsorial
Sl 77(78),56-57.58-59.61-62 (R. cf. 7c)

R. Das obras do Senhor não se esqueçam.

56
Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, *
recusando-se a guardar os seus preceitos.
57
Como seus pais, se transviaram, e o traíram *
como um arco enganador que volta atrás; R.
58
irritaram-no com seus lugares altos, *
provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos.
59
Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, *
e repeliu com violência a Israel. R.
61
Entregou a sua arca ao cativeiro, *
e às mãos do inimigo a sua glória;
62
fez perecer seu povo eleito pela espada, *
e contra a sua herança enfureceu-se. R.

Aclamação ao Evangelho
Sl 118 (119),135

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo

e ensinai-me vossas leis e mandamentos!

EVANGELHO

Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,21-19,1

Naquele tempo,
21
Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou:
“Senhor, quantas vezes devo perdoar,
se meu irmão pecar contra mim?
Até sete vezes?”
22
Jesus respondeu:
“Não te digo até sete vezes,
mas até setenta vezes sete.
23
Porque o Reino dos Céus é como um rei
que resolveu acertar as contas com seus empregados.
24
Quando começou o acerto,
trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
25
Como o empregado não tivesse com que pagar,
o patrão mandou que fosse vendido como escravo,
junto com a mulher e os filhos
e tudo o que possuía,
para que pagasse a dívida.
26
O empregado, porém, caiu aos pés do patrão,
e, prostrado, suplicava:
‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’.
27
Diante disso, o patrão teve compaixão,
soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
28
Ao sair dali,
aquele empregado encontrou um dos seus companheiros
que lhe devia apenas cem moedas.
Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo:
‘Paga o que me deves’.
29
O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava:
‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei’.
30
Mas o empregado não quis saber disso.
Saiu e mandou jogá-lo na prisão,
até que pagasse o que devia.
31
Vendo o que havia acontecido,
os outros empregados ficaram muito tristes,
procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
32
Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse:
“Empregado perverso,
eu te perdoei toda a tua dívida,
porque tu me suplicaste.
33
Não devias tu também,
ter compaixão do teu companheiro,
como eu tive compaixão de ti?”
34
O patrão indignou-se
e mandou entregar aquele empregado aos torturadores,
até que pagasse toda a sua dívida.
35
É assim que o meu Pai que está nos céus
fará convosco,
se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
19,1
Ao terminar estes discursos,
Jesus deixou a Galileia
e veio para o território da Judeia além do Jordão.
Palavra da Salvação.
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