As fontes biográficas de são José são escassas. Os evangelhos de Mateus e de Lucas apenas mencionam são José. Os apócrifos não merecem fé. Era descendente de Davi. O fato relevante na vida do homem justo foi o seu casamento com Maria. A tradição popular nos conta que eram muitos os aspirantes à mão de Maria. Então todos os jovens pretendentes teriam deixado seus bastões para ter um sinal. O sinal apareceu. O bastão de José, prodigiosamente, floresceu. Todos reconheceram a preferência.
O matrimônio de José com Maria foi verdadeiro matrimônio, embora virginal. Quando José percebeu que Maria ia ser mãe ficou sem saber que fazer, que atitude tomar. Por um lado, sabia que ele não tivera parte naquela gravidez, por outro era-lhe impossível duvidar da fidelidade da esposa. Resolveu deixá-la secretamente. Sendo homem justo, diz o Evangelho (é adjetivo relâmpago que ilumina toda a história), não quis levantar suspeitas, nem comentar nada com ninguém. É fato inexplicável.
O dilema angustiante foi resolvido por um anjo. A atitude de José demonstrou que ele estava à altura de sua nobre e singular missão: recebeu em casa a sua esposa. Com ela, obedecendo ao imperador, foi ao recenseamento, onde o Verbo eterno apareceu neste mundo, acolhido pela homenagem de humildes pastores, dos sábios e ricos magos, mas ao mesmo tempo recebia as hostilidades do rei Herodes que obrigou a Sagrada Família a fugir para o Egito. Voltaram à solidão de Nazaré até Jesus completar 12 anos, quando temos o episódio da perda de Menino Jesus e do seu encontro no Templo. Depois disso o Evangelho resume: Jesus obedecia à Maria e José, crescia em sabedoria, idade e graça …
Talvez já estivesse morto quando Jesus iniciou o ministério público. De qualquer modo ficou na sombra e no silêncio de tudo. É o patrono da Igreja universal. João XXIII pôs seu nome no cânon da missa.