Na Santa Missa de Quarta-feira de Cinzas presidida na Catedral Diocesana Nossa Senhora Aparecida, em Araçatuba, nesta quarta (26/02), o bispo diocesano Dom Sergio Krzywy abordou a Quaresma como tempo favorável para a reconciliação e o sentido de necessidade de se voltar às ações práticas.
O bispo fez menção à Campanha da Fraternidade, aberta oficialmente na Quarta-feira de Cinzas em todo o Brasil. Segundo ele, que explicou o tema, o lema e o cartaz, a CF é uma oportunidade de prática quaresmal.
“Na Igreja do Brasil temos a Campanha da Fraternidade, que é voltada para o sentido prático quaresmal. Vemos na temática da Campanha a vida como um presente de Deus, a qual implica uma resposta de compromisso com a vida d’Ele em nós. E a Campanha neste sentido é ampla. É uma oportunidade de grandes iniciativas para este tempo de mudanças. Vamos nos abrir ao que a Igreja nos propõe e nos empenhar como comunidade e sociedade para o bem de nossos irmãos e irmãs, vivendo de modo concreto a Quaresma”, afirmou.
SENTIDO
Em sua homilia, o bispo refletiu com os fiéis os aspectos de conversão presentes na liturgia da Santa Missa.
“Na História de salvação, percebemos que, de tempos em tempos, Deus sempre provê um tempo para o povo se reconciliar com Ele. Um tempo para o povo avaliar sua caminhada à luz de Deus. E esse período se apresenta como penitência e de conversão, tal como é na Quaresma. Nós temos a necessidade, como povo de Deus, desse período favorável. Vamos nos apropriar dele como uma convocação de Deus para a reconciliação”.
Dom Sergio ainda explicou a tripla prática quaresmal, presentes no Evangelho da missa de Cinzas (Mt 6,1-6.16-18).
“As cinzas são um sinal deste tempo de penitência. No Antigo Testamento e na História da Igreja, elas simbolizam uma entrada em um tempo especial. As práticas fundamentais da vida cristã: a esmola, a prática da oração e a prática do jejum, devem ser sempre presentes. A primeira nos remete à caridade que deve ser voltada para o irmão, especialmente para os que mais necessitam. Depois, a oração, que nos faz voltar a Deus e se comunicar com Ele. É um tempo de comunhão e de depositar a confiança no Senhor. A retomada da comunhão profunda. E por fim o jejum, que tem vínculo com a relação conosco mesmos, sendo senhor das coisas, e não o contrário. Jesus nos ensina a viver tudo com humildade, vivendo este amor que de Deus provém”, concluiu.
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