A Solenidade de Todos os Fiéis Defuntos, tradicionalmente chamada de Dia de Finados, na Diocese de Araçatuba não terão as missas presididas nas capelas dos cemitérios das cidades do território Diocesano. Em razão da pandemia da Covid-19 e em consonância com as autoridades públicas e sanitárias, as celebrações serão exclusivamente nas paróquias e suas comunidades, atendendo sempre os protocolos de prevenção.
Em cidades como Araçatuba, Birigui, Guararapes , Andradina, Castilho, Gabriel Monteiro, entre outras, todos os anos os párocos se deslocavam até os Campos Santos para as celebrações pelos fiéis falecidos. Além das missas públicas, os que não podem estar presentes nas igrejas podem contar com as transmissões ao vivo de cada paróquia, as quais são divulgadas para as comunidades em seus avisos e redes sociais.
O bispo diocesano Dom Sergio Krzywy presidirá a Santa Missa dos Fiéis Defundos na Catedral Diocesana Nossa Senhora Aparecida, às 10h, a qual terá a transmissão pelo Facebook da Diocese de Araçatuba.
A SOLENIDADE
Conforme o Vigário-Geral Diocesano, padre Charles Borg, a fé faz o homem compreender que a morte não é o fim. “A fé cristã vem em socorro da fragilidade humana. Ensinada por Jesus e inspirada no seu exemplo de vida, a inteligência humana é chamada a crer na ressurreição. Pela fé compreende-se que a morte não é o ponto final da existência humana. O ponto final e glorioso acontece após a morte: o encontro definitivo e eterno com o Deus Trino! Eu sou a ressurreição e a vida, afirmou Jesus, quem vive e crê mim jamais morrerá”, explica o sacerdote.
Borg ainda salienta que quem crê na ressurreição acredita também que não há a destruição total humna. “Evidente, Jesus não estava se referindo à morte biológica. Por ela, ele próprio passou. No entanto, não permaneceu morto. Ressuscitou. Esse mesmo destino é reservado a todas as pessoas indistintamente. Quem dá crédito a Jesus, convence-se que não existe morte definitiva, não existe a destruição total do ser humano. Na visão cristã, a morte não apaga completamente a vida humana”.
Por fim, padre Charles destaca que o destino dos filhos de Deus é a participação da festa celeste, “aquela que não tem fim”.
“Biologicamente, o corpo deixa de funcionar, mas a alma, o elemento espiritual, segue vivendo, em nova dimensão. Por isso, os primeiros cristãos referiam-se a morte como a um sono. Assim como o sono é passageiro e dele se acorda, a morte, igualmente, é transitória. Morto, o sujeito não perde sua identidade. Nem fica vagando, assumindo outras identidades. Vai direto ao encontro do Pai. A morte é páscoa, passagem, definiam os primeiros cristãos. Desfeita a habitação terrena, é dada no céu morada eterna. O destino verdadeiro do ser humano é a glória celeste, é participar da festa que não tem fim”, conclui.
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