12º DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – 4ª semana do saltério)
O Senhor é a força de seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos (Sl 27,8s).
Em meio aos sofrimentos e às adversidades da vida, que chegam como ondas destruidoras, necessitamos da graça do Senhor, a fim de não sermos tragados e submersos pelo medo e pela falta de fé. Invoquemos o Mestre nesta liturgia, para que, na travessia rumo ao mundo novo, venha em nosso socorro e impulsione nossos passos com a força do seu amor.
Leitura do livro de Jó – 1O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse: 8“Quem fechou o mar com portas quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, 9quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; 10quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas, 11e disse: ‘Até aqui chegarás, e não além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas’?” – Palavra do Senhor.
Dai graças ao Senhor porque ele é bom, / porque eterna é a sua misericórdia!
1. Os que sulcam o alto-mar com seus navios, / para ir comerciar nas grandes águas, / testemunharam os prodígios do Senhor / e as suas maravilhas no alto-mar. – R.
2. Ele ordenou, e levantou-se o furacão, / arremessando grandes ondas para o alto; / aos céus subiam e desciam aos abismos, / seus corações desfaleciam de pavor. – R.
3. Mas gritaram ao Senhor na aflição, / e ele os libertou daquela angústia. / Transformou a tempestade em bonança, / e as ondas do oceano se calaram. – R.
4. Alegraram-se ao ver o mar tranquilo, / e ao porto desejado os conduziu. / Agradeçam ao Senhor por seu amor / e por suas maravilhas entre os homens! – R.
Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 14o amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos e que, logo, todos morreram. 15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. – Palavra do Senhor.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Um grande profeta surgiu, / surgiu e entre nós se mostrou; / é Deus que seu povo visita, / seu povo meu Deus visitou (Lc 7,16). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” – Palavra da salvação.
Esta passagem do Evangelho pode ser um retrato da comunidade de Marcos e das comunidades cristãs de todos os tempos que, por falta de fé, supõem que Jesus esteja dormindo, ausente dos problemas que nos afetam. Pois bem, diante dos olhos arregalados dos discípulos, Jesus intervém e acalma a tempestade. Dominar as forças da natureza
é ação atribuída ao poder divino. O Antigo Testamento traz vários episódios em que Deus surge controlando o ímpeto da natureza: “Tu governas a fúria do mar, tu acalmas as ondas quando se levantam” (Sl 89,10). Além dos discursos, Jesus se serve também de ocorrências naturais ou de acontecimentos corriqueiros para demonstrar quem ele é: o Filho de Deus. E cobra de nós um salto de qualidade no campo da fé: “Por que vocês são medrosos? Ainda não têm fé?”.
Oração
Senhor e Mestre, a quem o vento e o mar obedecem, no meio de violenta tempestade, teus discípulos se apavoram e gritam por socorro. Logo acalmas a ventania e as águas e repreendes teus discípulos pela falta de fé. Livra-nos, Jesus, de toda adversidade e aumenta-nos a fé. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)