Liturgia Diária

15º Domingo do Tempo Comum

15º DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).

Imagem de Deus e revelador do rosto misericordioso do Pai, Jesus se faz próximo dos sofredores e nos revela o caminho da vida: vivenciar os mandamentos, assumindo as atitudes do bom samaritano. A Eucaristia nos abra o coração à misericórdia e à compaixão para com as pessoas caídas à beira dos caminhos.

Primeira Leitura: Deuteronômio 30,10-14

 

Leitura do livro do Deuteronômio – Moisés falou ao povo, dizendo: 10“Ouve a voz do Senhor teu Deus e observa todos os seus mandamentos e preceitos, que estão escritos nesta lei. Converte-te para o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma. 11Na verdade, este mandamento que hoje te dou não é difícil demais nem está fora do teu alcance. 12Não está no céu, para que possas dizer: ‘Quem subirá ao céu por nós para apanhá-lo? Quem no-lo ensinará para que o possamos cumprir?’ 13Nem está do outro lado do mar, para que possas alegar: ‘Quem atravessará o mar por nós para apanhá-lo? Quem no-lo ensinará para que o possamos cumprir?’ 14Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 68(69)

 

Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos: / o vosso coração reviverá!

1. Por isso elevo para vós minha oração / neste tempo favorável, Senhor Deus! / Respondei-me pelo vosso imenso amor, / pela vossa salvação que nunca falha! / Senhor, ouvi-me, pois suave é vossa graça, / ponde os olhos sobre mim com grande amor! – R.

2. Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! / Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! / Cantando, eu louvarei o vosso nome / e, agradecido, exultarei de alegria! – R.

3. Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá / se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres / e não despreza o clamor de seus cativos. – R.

4. Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, / reconstruindo as cidades de Judá. / A descendência de seus servos há de herdá-las, † e os que amam o santo nome do Senhor / dentro delas fixarão sua morada! – R.

Salmo opcional: 18(19),8.9.10.11 (R. 9a).

Segunda Leitura: Colossenses 1,15-20

 

Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses – 15Cristo é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16pois, por causa dele, foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17Ele existe antes de todas as coisas, e todas têm nele a sua consistência. 18Ele é a cabeça do corpo, isto é, da Igreja. Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia, 19porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude 20e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Lucas 10,25-37

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida; / as palavras que dizeis bem que são de eterna vida! (Jo 6,63.68) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” 28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais’”. E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

 

Na viagem para Jerusalém, onde será julgado e condenado, Jesus se defronta com um mestre da Lei, o qual quer saber o que fazer para herdar a vida eterna. Jesus não responde diretamente, mas pergunta sobre o que está escrito na Lei. Como é bom conhecedor das leis, o rabino responde sabiamente, mas resta uma dúvida, quem é “meu próximo”? A partir dessa dúvida, Jesus conta a bonita parábola do “bom samaritano”. O homem caído à beira da estrada é ignorado pelo sacerdote e pelo levita. Provavelmente estavam voltando para casa depois de cumpridos os deveres religiosos. O sacerdote e o levita, bons conhecedores das leis, não querem se tornar impuros, aproximando-se de um doente. Um samaritano, detestado pelos judeus, talvez indo para seu trabalho, defronta-se com o moribundo, teve compaixão e cuidou dele. O diálogo entre Jesus e o especialista em leis leva à conclusão de quem é o nosso próximo: o necessitado que está ao nosso lado. A conclusão que podemos tirar da parábola é que não basta ser bom conhecedor das leis, o mais importante é praticar e viver a “lei do amor ao próximo”. Mais importante do que saber “quem é o meu próximo”, é “como tornar-se próximo” de quem necessita, assumindo atitudes de compaixão e misericórdia.

(Dia a dia com o Evangelho 2022)

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