18ª SEMANA COMUM*
(verde – ofício do dia)
Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não tardeis mais (Sl 69,2.6).
Sem um coração aberto, não somos capazes de reconhecer a ação de Deus em nossa vida. Coloquemo-nos em atitude acolhedora diante do Senhor, para fazer sua vontade, ainda que tenhamos de passar por sofrimentos.
Leitura do livro dos Números – Naqueles dias, 1toda a comunidade dos filhos de Israel chegou ao deserto de Sin, no primeiro mês, e o povo permaneceu em Cades. Ali morreu Maria e ali mesmo foi sepultada. 2Como não havia água para o povo, este juntou-se contra Moisés e Aarão, 3e, levantando-se em motim, disseram: “Antes tivéssemos morrido quando morreram nossos irmãos diante do Senhor! 4Para que trouxestes a comunidade do Senhor a este deserto, a fim de que morrêssemos, nós e nossos animais? 5Por que nos fizestes sair do Egito e nos trouxestes a este lugar detestável, em que não se pode semear e que não produz figueiras, nem vinhas, nem romãzeiras e, além disso, não tem água para beber?” 6Deixando a comunidade, Moisés e Aarão foram até a entrada da tenda da reunião e prostraram-se com a face em terra. E a glória do Senhor apareceu sobre eles. 7O Senhor falou então a Moisés, dizendo: 8“Toma a tua vara e reúne o povo, tu e teu irmão Aarão; na presença deles, ordenai à pedra e ela dará água. Quando fizeres sair água da pedra, dá de beber à comunidade e aos seus animais”. 9Moisés tomou então a vara que estava diante do Senhor, como lhe fora ordenado. 10Depois, Moisés e Aarão reuniram a assembleia diante do rochedo, e Moisés lhes disse: “Ouvi, rebeldes! Poderemos, acaso, fazer sair água desta pedra para vós?” 11E, levantando a mão, Moisés feriu duas vezes a rocha com a vara, e jorrou água em abundância, de modo que o povo e os animais puderam beber. 12Então o Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Visto que não acreditastes em mim, para manifestar a minha santidade aos olhos dos filhos de Israel, não introduzireis este povo na terra que lhe vou dar”. 13Estas são as águas de Meriba, onde os filhos de Israel disputaram contra o Senhor e ele lhes manifestou a sua santidade. – Palavra do Senhor.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / Não fecheis os corações como em Meriba.
1. Vinde, exultemos de alegria no Senhor, / aclamemos o rochedo que nos salva! / Ao seu encontro caminhemos com louvores / e, com cantos de alegria, o celebremos! – R.
2. Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, / e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! / Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor, † e nós somos o seu povo e seu rebanho, / as ovelhas que conduz com sua mão. – R.
3. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: † “Não fecheis os corações como em Meriba, / como em Massa, no deserto, aquele dia, / em que outrora vossos pais me provocaram, / apesar de terem visto as minhas obras”. – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tu és Pedro, e sobre esta pedra / eu irei construir minha Igreja. / E as portas do inferno não irão derrotá-la! (Mt 16,18) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!” – Palavra da salvação.
Ao fazer uma pesquisa sobre sua identidade, Jesus pretende despertar nos discípulos o desejo de aprender mais a respeito dele. Simão declara: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus o confirma, declarando que tal confissão procede de uma revelação do Pai. Pedro (em grego, petros) significa pedra, pedregulho que se pode lançar, ao passo que pedra (em grego, petra) significa a rocha sobre a qual se pode construir um edifício. Pois bem, a comunidade que aí será edifi cada é domínio de Jesus (“minha igreja”), na qual Pedro terá função mediadora central. Contra a Igreja, nada poderá o poder da morte: a obra de Jesus é imortal. No final, Jesus acrescenta que está destinado a sofrer nas mãos de seus inimigos, a morrer e, ao terceiro dia, ressuscitar. Portanto, ele é o Messias sofredor.
Oração
Ó Jesus Mestre, em resposta à tua pesquisa, Pedro diz: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Bom começo. Mais tarde, Pedro deverá testemunhar sua verdadeira entrega ao teu projeto. Ainda assim, tu lhe confias a responsabilidade por tua Igreja. Ajuda-nos, Senhor, a te conhecer e amar sempre mais. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)