Liturgia Diária

15ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira

O justo medita a sabedoria e sua palavra ensina a justiça, pois traz no coração a lei de seu Deus (Sl 36,30s).

Giovanni di Fidanza, mais tarde chamado Boaventura, nasceu em 1218 na Itália. Dotado de brilhante inteligência, ingressou na Ordem dos Frades Menores, os Franciscanos, tornando-se conhecedor dos grandes filósofos e estudioso de Santo Agostinho, sem deixar de ser profundo admirador e fiel seguidor de São Francisco de Assis. Foi professor universitário em Paris, ministro geral da sua ordem, bispo e cardeal. Participou do segundo Concílio de Lião, cidade francesa na qual veio a falecer em 1274. Tomemos desse santo o gosto pelo conhecimento de Deus, certos de que a verdadeira ciência é a que conduz ao amor.

Primeira Leitura: Isaías 10,5-7.13-16

 

Leitura do livro do profeta Isaías – Assim fala o Senhor: 5″Ai de Assur, vara de minha cólera, bastão em minhas mãos, instrumento de minha indignação! 6Eu o envio contra uma nação ímpia e ordeno-lhe, contra um povo que me excita à ira, que o submeta à pilhagem e ao saque, que o calque aos pés como lama nas ruas. 7Mas ele assim não pensava, seu propósito não era esse; pelo contrário, sua intenção era esmagar e exterminar não poucas nações. 13Pois diz o rei da Assíria: ‘Realizei isso pela força da minha mão e com minha sagacidade, pois tenho experiência; aboli as fronteiras dos povos, saqueei seus tesouros e derrubei de golpe os ocupantes de altos postos; 14minha mão empalmou como um ninho a riqueza dos povos; e como se apanha uma ninhada de ovos, assim ajuntei eu os povos da terra, e não houve quem batesse asa ou abrisse o bico e desse um pio’. 15Mas, acaso, gloria-se o machado, em detrimento do lenhador que com ele corta? Ou se exalta a serra contra o serrador que a maneja? Como se a vara movesse quem a levanta e um bastão erguesse aquele que não é madeira. 16Por isso, enviará o dominador, Senhor dos exércitos, contra aqueles fortes guerreiros o raquitismo; e abalará sua glória com convulsões que queimam como fogo”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 93(94)

 

O Senhor não rejeita o seu povo.

1. Eis que oprimem, Senhor, vosso povo / e humilham a vossa herança; / estrangeiro e viúva trucidam, / e assassinam o pobre e o órfão! – R.

2. Eles dizem: “O Senhor não nos vê / e o Deus de Jacó não percebe!” / Entendei, ó estultos do povo; / insensatos, quando é que vereis? – R.

3. O que fez o ouvido não ouve? / Quem os olhos formou não verá? / Quem educa as nações não castiga? / Quem os homens ensina não sabe? – R.

4. O Senhor não rejeita o seu povo / e não pode esquecer sua herança: / voltarão a juízo as sentenças; / quem é reto andará na justiça. – R.

Evangelho: Mateus 11,25-27

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Graças te dou, ó Pai, / Senhor do céu e da terra, / pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, / escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

 

Ao se dirigir ao Pai, Jesus reúne alguns títulos que revelam o domínio soberano de Deus: “Pai”, “Senhor do céu e da terra”. “Sábios e entendidos” são termos aplicados aos membros da elite religiosa e política, que se recusaram a reconhecer Jesus como o Enviado do Pai. Não é que Deus os tenha privado dessa possibilidade, eles é que se posicionaram contra Jesus e seu Reino. Tornaram-se tão opostos a Jesus, que o perseguiram o tempo todo até fazê-lo morrer na cruz. Os “pequeninos”, por sua vez, são os empobrecidos, que buscam proteção, que anseiam por justiça. Estes têm o coração aberto para acolher o projeto de Deus. A mensagem de Jesus é digna de confiança e aceitação, pois ele a recebe diretamente do Pai, a quem conhece como ninguém.

Oração
Ó Jesus, Filho de Deus, com grande contentamento louvas ao Pai. Constatas que as pessoas sem instrução, os marginalizados, enfim, os “pequeninos” são os que mais se abrem para as propostas do Reino. Tu falas, Senhor, diretamente ao coração. Se o encontras receptivo, tua comunicação se torna eficaz. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2020 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

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