Cemitérios voltam a receber missas após dois anos; confira a programação para o Dia de Finados

No Cemitério da Saudade, em Araçatuba, a Santa Missa será às 8h

Após dois anos, a programação para a celebração da Solenidade dos Fiéis Defuntos (Dia de Finados), em 2 de novembro, está dividida entre os cemitérios e as comunidades paroquiais da Diocese de Araçatuba.  Suspensas por conta da pandemia da Covid-19 em seu estágio avançado, os cemitérios voltarão a ter celebrações presenciais em cidades como Araçatuba, Andradina e Birigui.

Em Araçatuba, os três cemitérios terão missas pela manhã. No Cemitério Recanto de Paz, pertencente ao território da Paróquia São Sebastião, a Santa Missa será às 7h30. No Cemitério da Saudade, o mais tradicional da cidade e presente no território da Paróquia Santo Antônio de Pádua, a celebração será às 8h. Já no Cemitério Jardim da Luz, a missa será às 8h30. O local fica no território da Paróquia do Imaculado Coração de Maria.

Em Birigui, as missas serão concentradas nos cemitérios da cidade: Memorial Fênix, Saudades e Consolação . No Cemitério da Consolação, a missa será às 7h. No Cemitério Saudades, às 8h. Já no cemitério Memorial Fênix, o horário será às 9h.

Já em Andradina, o Campo Santo São Sebastião terá a Santa Missa às 7h. Em outras cidades, as celebrações também vão ocorrer nos cemitérios de Brejo Alegre , Coroados, Mirandópolis e Castilho.

O Bispo Diocesano Dom Sergio Krzywy presidirá a Santa Missa da Solenidade dos Fiéis Defuntos às 17h, na Catedral Diocesana Nossa Senhora Aparecida.

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A Solenidade dos Fiéis Defuntos é uma tradição da Igreja desde os seus primórdios, porém desde o Século 11 foi instituído em 2 de novembro. O Catecismo da Igreja lembra que: “Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primeiros da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos”.

Segundo o Papa Francisco, a esperança não desilude. “A esperança nos atrai e nos dá um sentido à vida. Eu não vejo o além, mas a esperança é o dom de Deus que nos atrai rumo à vida, à alegria eterna. A esperança é uma âncora que nós temos do outro lado: nós, agarrados à corda, nos sustentamos. A vida na esperança é viver assim: agarrados, com a corda nas mãos, sabendo que a âncora está lá embaixo. E esta âncora não desilude. ”

 Socorro à fragilidade

Conforme o Vigário-Geral Diocesano, padre Charles Borg, a fé faz o homem compreender que a morte não é o fim. “A fé cristã vem em socorro da fragilidade humana. Ensinada por Jesus e inspirada no seu exemplo de vida, a inteligência humana é chamada a crer na ressurreição. Pela fé compreende-se que a morte não é o ponto final da existência humana. O ponto final e glorioso acontece após a morte: o encontro definitivo e eterno com o Deus Trino! Eu sou a ressurreição e a vida, afirmou Jesus, quem vive e crê mim jamais morrerá”, explica o sacerdote.

Padre Charles Borg, Vigário-Geral

Borg ainda salienta que quem crê na ressurreição acredita também que não há a destruição total humana. “Evidente, Jesus não estava se referindo à morte biológica. Por ela, ele próprio passou. No entanto, não permaneceu morto. Ressuscitou. Esse mesmo destino é reservado a todas as pessoas indistintamente. Quem dá crédito a Jesus, convence-se que não existe morte definitiva, não existe a destruição total do ser humano. Na visão cristã, a morte não apaga completamente a vida humana”.

Por fim, padre Charles destaca que o destino dos filhos de Deus é a participação da festa celeste, “aquela que não tem fim”.

“Biologicamente, o corpo deixa de funcionar, mas a alma, o elemento espiritual, segue vivendo, em nova dimensão. Por isso, os primeiros cristãos referiam-se a morte como a um sono. Assim como o sono é passageiro e dele se acorda, a morte, igualmente, é transitória. Morto, o sujeito não perde sua identidade. Nem fica vagando, assumindo outras identidades. Vai direto ao encontro do Pai. A morte é páscoa, passagem, definiam os primeiros cristãos. Desfeita a habitação terrena, é dada no céu morada eterna. O destino verdadeiro do ser humano é a glória celeste, é participar da festa que não tem fim”, conclui.

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