Corpo de Dom José é sepultado em cripta na Catedral; bispo emérito irradia o seu testemunho para a Igreja, diz Dom Sergio

Texto: Cláudio Henrique/Assessoria Diocesana de Comunicação

Sob a tarde em seu findar, no último dia de fevereiro, Dom José Carlos Castanho de Almeida foi sepultado na cripta recém-construída na Catedral Diocesana Nossa Senhora Aparecida, em Araçatuba. Tal como a centelha da palha citada no livro da Sabedoria, o bispo emérito agora espalha o seu testemunho e a memória de fé, nas palavras do Bispo Diocesano Dom Sergio Krzywy, em sua emocionante homilia.

Além de Dom Sergio, estiveram concelebrando a Missa de Exéquias os bispos de Lins, Dom Francisco Carlos da Silva, de Assis, Dom Argemiro de  Azevedo e de Presidente Prudente, Dom Benedito Gonçalves dos Santos, além do Clero diocesano. Entre as autoridades estiveram presentes a vice-prefeita de Araçatuba, Edna Flor, e o vereador Arnaldinho, também desta cidade, e o promotor Álvaro Ruas.

Ao início da missa, o Vigário-Geral da Diocese de Araçatuba, padre Charles Borg, acolheu os familiares do bispo emérito e os presentes com as saudações iniciais. Depois, o Chanceler Diocesano, padre Orivaldo Pereira Filho, fez a leitura dos dados biográficos de Dom José Carlos. Foi lembrada a trajetória de Dom José, que foi bispo também em Itumbiara e Santos.

HOMILIA

Em sua homilia, Dom Sergio destacou a trajetória de fé de Dom José Carlos, o primeiro bispo diocesano de Araçatuba, entre 1994 e 2003. Para Dom Sergio, o seu antecessor “acolheu com o convite de Deus para ser o seu servidor. Para ser ministro de sua Igreja e de seu povo ao longo de sua vida. Mergulhou no coração de Deus e comprometeu na sua vida”.

“Vimos como Dom José transitou na vida do seu povo. Ele é o justo que se fala no trecho do livro da Sabedoria citado em nossa liturgia (Sabedoria 2). Colocou a sua vida nas mãos de Deus. Colocou se a prova e deixou se corrigir por Ele. Com certeza hoje, ele brilha diante do senhor, como centelha no meio da palha. No Senhor , que reina com ele para sempre. Ele se deixou conduzir pelo espírito de Deus, se fazendo filho, no filho. Clamou várias vezes Abba, ó Pai”, afirmou.
Segundo o Bispo Diocesano, Dom José foi autêntico em viver na fé o seu lema episcopal: sei em quem acreditei. “Terminou para Dom José o tempo da espera para adoção filial, porque ele mergulhou nos prados eternos do Senhor. Ele viveu a sua vida no Senhor, na sua Igreja, e gostava do ministério que exercia. Ele soube em quem acreditou”.
Dom Sergio agradeceu ainda os familiares por todos os cuidados prestados, especialmente o irmão mais novo, João Batista Castanho Sobrinho, que esteve presente na Santa Missa com filho, sobrinhos e sobrinha-neta. O bispo ainda lembrou da Arquidiocese de Sorocaba, sede da cidade onde Dom José viveu os seus últimos anos.
“Cabe nos ainda nessa tarde, com toda confiança, invocar a misericórdia do Pai em favor do nosso irmão e ministro da Igreja Dom José. Que Jesus leve-o aos braços amorosos do Pai , pelo Espírito Santo “.
SEMENTE
Emocionado, Dom Sergio destacou ao final que Dom José, com a memória de seu sepultamento na cripta da Catedral, espalhará sementes da promessa de Deus. “Vamos depositar o corpo de Dom José na cripta preparada para esse fim. É a capela da Ressurreição. Colocado ali, o corpo de Dom José será agora , para todos nós , semente de tua promessa. Porque vai irradiar a memória de seu testemunho para toda a Igreja. Que assim seja! Amém!”
Ao final da missa, foram realizados os ritos de Exéquias por Dom Argemiro. Em seguida, os padres da Diocese levaram o caixão com o corpo de Dom José Carlos para ser sepultado na cripta, embaixo do altar, no térreo da Catedral. Antes do sepultamento, o primeiro no local, Dom Sergio ministrou as últimas palavras e deu a bênção final.
Dom José Carlos Castanho de Almeida agora espalha o seu amor e a sua generosidade na Eternidade, mas deixa entre os diocesanos a sua memória e o seu incansável pastoreio, traduzido no corpo aqui sepultado com amor. De fato, o bispo emérito soube em quem acreditou. Por toda a vida!
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Imagens: Cláudio Henrique/Assessoria Diocesana de Comunicação
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