Dom Sergio e bispos participam de missa na Basílica de São João de Latrão em dia de reuniões no Discatério

Fotos: Pe. Thiago Faccini / Regional Sul 1 da CNBB

“Trazemos em nosso coração a porção do povo de Deus de cada uma de nossas Igrejas Particulares, e hoje, de modo muito especial, cada um de nossos presbíteros”, disse o arcebispo metropolitano de Botucatu, dom Maurício Grotto de Camargo, nesta quarta-feira pela manhã, dia 28, ao presidir Missa na Basílica de São João de Latrão, antes da reunião dos bispos no Dicastério para o Clero, em Roma.

Refletindo a primeiro leitura indicada para a Liturgia de hoje (Cf. Jó 9, 1-12. 14-16), o arcebispo de Botucatu destacou que “a melhor sabedoria é o silêncio do homem, é aceitar o insondável mistério de Deus”. Dom Maurício indicou aos seus irmãos no ministério episcopal que o silêncio divino “é um convite ao homem para se desfazer de seus planos de segurança e salvação e aprender a confiar única e plenamente n´Ele”, afirmou.

FAMÍLIA SACERDOTAL

O primeiro encontro da Visita Ad Limina Apostolorum desta quarta-feira, no Dicastério para o Clero, recebeu a relatoria de dom José Roberto Fortes Palau. “Na atualidade, experimentamos um tempo de rápidas e profundas mudanças culturais, na Igreja e no mundo, exigindo de todos nós, renovação dos métodos pastorais e das estruturas eclesiásticas. Contudo, há uma fisionomia essencial no sacerdócio ministerial que não muda, mesmo que se mudam a realidade e as circunstâncias: ‘o assemelhar-se a Jesus Cristo’”, enfatizou o bispo diocesano de Limeira ao fazer referência à Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis, do Papa São João Paulo II.

“Homem da caridade pastoral, administrador da graça divina, configurado a Jesus Cristo”, afirmou dom José Roberto ao apresentar o perfil que norteia o processo formativo dos padres nas províncias eclesiásticas de Botucatu, Campinas e Ribeirão Preto. Sobre as possíveis dificuldades que envolvem a formação dos futuros presbíteros, o bispo motivou a comunhão do episcopado: “estamos aqui, unidos, como Igreja, exercendo a sinodalidade, convictos de que o Espírito Santo nos ilumina e nos conduz, para superarmos os desafios desses novos tempos”.

Com a fala de dom José Roberto, os bispos refletiram temas que abrangem a realidade do clero e a formação nas diocese. Segundo o bispo de Franca, dom Paulo Roberto Beloto, os apontamentos discutidos sobre os contextos experimentados pelos padres e seminaristas “são desafios atuais, mas não obstáculos para viver a vocação”.

O bispo diocesano de São José do Rio Preto, dom Antônio Emídio Vilar, SDB, falou dos aspectos sinodais da formação e do clero, ressaltando a importância na abertura aos diversos serviços eclesiais para se estabelecer uma unidade de ministérios entre as dioceses. Dom Vilar, como é conhecido, disse sobre a necessidade de um trabalho de comunhão entre a equipe formativa dos futuros padres.

A unidade sacerdotal também foi refletida na reunião do episcopado. Dom José Reginaldo Andrietta, bispo diocesano de Jales, reafirmou a relevância da comunhão entre os padres, a fim de que encarem o presbitério como “uma família sacerdotal”, e dom José Roberto, relator do encontro, lembrou da assistência que a Pastoral Presbiteral presta ao clero nesta dimensão. Na partilha, o bispo diocesano de Jaboticabal, dom Eduardo Pinheiro da Silva, SDB, enfatizou a necessidade da formação permanente dos presbíteros.

“O bispo deve ser o homem da escuta e da comunhão!”, salientou o cardeal Lazarus You Heung-sik, prefeito do Dicastério, ao pedir a proximidade dos bispos com os sacerdotes, com os seminaristas e na formação presbiteral como um todo. Dom Andrés Gabriel Ferrada Moreira, secretário do departamento romano, indicou a importância da unidade no processo formativo dos futuros padres, afirmando que os formadores devem compor uma verdadeira comunidade de fé: “somente a vida comunitária forma as pessoas”, disse ao agradecer as partilhas dos bispos paulistas.

 

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