Santo do Dia

Santa Gema Galgani, a virgem intercessora dos farmacêuticos

 

Trajetória nesta terra
Gemma, conforme nome original em italiano, teve uma curta existência nesta terra. Nasceu em Camigliano, na Toscana, em 1878, e morreu em Lucca, aos 25 anos. É uma história de fervorosa piedade, de caridade e de contínuos sofrimentos.

Saúde frágil e bullying
Seus sofrimentos foram causados, em parte, por uma saúde débil, como também pela pobreza em que sua família caiu, pela zombaria daqueles que se ofendiam com suas práticas devocionais, seus êxtases e outros fenômenos e por aquilo que ela acreditava serem assaltos do demônio. Mas ela contava com o consolo da comunhão constante com Nosso Senhor, que lhe falava como se estivesse corporalmente presente, e também encontrou muita bondade por parte da família Giannini, que a tratou nos seus últimos anos de vida, depois da morte do pai, quase como uma filha adotiva.

Uma jóia
Ao nascer, Gema recebeu esse nome, que, em italiano, significa joia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos.

Infância católica x orfandade
Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.

Religião como refúgio
Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia, antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas, e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.

Sobrenatural
Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de São Gabriel, de Nossa Senhora das Dores, devoção passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.

Últimos dias
Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências, que se autoinfligia, acabaram por consumir a sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.

Devoção
Imediatamente após sua morte, começou a devoção e veneração à “Virgem de Luca”, como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo Papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

A minha oração
“Ó Senhor, quantos são os órfãos de pai e mãe! Socorrei-os, te pedimos. Tantos também não reconhecem o Pai do céu e Nossa Senhor como mãe. Iluminai-os.”

Santa Gema Galgani, rogai por nós!


Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 11 de abril:

* Memória de Santo Estanislau, bispo e mártir, que, no meio das injustiças do seu tempo, foi um defensor incansável dos valores humanos e do ideal cristão. Como bom pastor, dirigiu a Igreja de Cracóvia, na Polônia, ajudou os pobres e visitou todos os anos os seus clérigos. Finalmente, enquanto celebrava os divinos mistérios, foi morto pelo rei Boleslau, cuja má conduta tinha repreendido. († 1079)

  1. Beato Simproniano Ducki, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, durante a guerra, preso por causa da sua fidelidade a Cristo, no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. († 1942)
  2. Santo Antipas, que, como testemunha fiel de que fala São João no Apocalipse, sofreu o martírio pelo nome de Jesus, na atual Turquia.
  3. São Filipe, bispo de Gortina, na ilha de Creta, que defendeu energicamente a Igreja que lhe foi confiada, tanto do furor dos pagãos como das insídias dos hereges. († c. 180)
  4. São Donião, bispo e mártir, que, segundo a tradição, foi assassinado na perseguição do imperador Diocleciano, na atual Croácia. († 299)
  5. São Barsanúfio, anacoreta, natural do Egipto, insigne pelos seus dons extraordinários de contemplação e pela integridade da sua vida. Morreu em Gaza, na Palestina. († 540)
  6. Santo Isaac, monge, originário da Síria e fundador do mosteiro de Monteluco, cujas virtudes são mencionadas por São Gregório Magno, na Itália. († c. 550)
  7. Beato Lanuíno, companheiro de São Bruno e seu sucessor, que foi um egrégio intérprete do espírito do fundador na instituição de mosteiros da Ordem Cartusiana, na Itália. († 1119)
  8. Beata Sancha, virgem, filha do rei Sancho I, que fundou o mosteiro de monjas cisterciense de Celas, onde tomou o hábito religioso, em Portugal. († 1229)
  9. Beato Ângelo de Chiavasso (António Carlétti), presbítero da Ordem dos Menores, insígne pela sua doutrina, prudência e caridade. († 1495)
  10. Beato Jorge Gervase, presbítero da Ordem de São Bento e mártir, que, mesmo preso duas vezes durante o exercício do ministério pastoral, professou sempre com admirável constância a fé católica até ao martírio na forca. († 1608)
  11. Beata Helena Guerra, virgem, que fundou a Congregação das Oblatas do Espírito Santo para a formação da juventude feminina e instruiu admiravelmente os fiéis sobre a cooperação do Espírito Santo na economia da salvação, em Lucca, na Itália. († 1914)

Fontes:

  • vaticannews.va
  • Martirológio Romano
  • franciscanos.org.br

 

– Redação: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

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